O DEUS DA NOSSA FÉ
“Deus é o nosso refúgio e a
nossa fortaleza, auxílio sempre presente na adversidade.” (Salmos 46.1).
Os
dias em que vivemos têm sido difíceis! E serão, ainda, mais desafiadores para a
igreja de Jesus Cristo. Assusta-nos a criatividade do homem sem Cristo. A
ciência evolui e a globalização tem tornado vulneráveis as pessoas, as
famílias, as instituições públicas e privadas, e as nações, expondo a todos numa
velocidade alucinante. Lamentavelmente, nesse mesmo ritmo revela-se o caráter
das pessoas, não apenas daquelas que a sociedade habituou-se a ver à margem da
lei, mas, também, daquelas que exercem função ou cargo, público ou privado, de maior
ou menor proeminência.
Constata-se,
a olhos nus, o cumprimento da profecia de Jesus do esfriamento do amor em razão
da multiplicação da iniquidade (Mateus 24.12). Que a humanidade está decaída
pela natureza pecaminosa, é do nosso conhecimento (Romanos 6.23). No entanto,
choca-nos a revelação do acentuado desvio ético e moral de muitos nos Poderes
da República bem como nas empresas prestadoras de serviço público.
Escândalos
se sobrepõem a escândalos numa sucessão sem fim. Políticos brincam de fazer
política e zombam do povo, fazendo deste “um mero detalhe” e massa de manobra.
A
mentira, o poder pelo poder, os interesses pessoais e político-partidários, o
encarecimento da máquina pública pelo excesso de ministérios e secretarias, com
milhares e milhares de portarias em todo o Brasil, a troca de favores que
enlaça até os incautos na podridão do sistema corrupto - onde corruptores e
corrompidos só dão conta dos males praticados quando pegos nos “malfeitos” -, a
insistência no “nós e eles”, burguesia e proletariado, que incita irmãos contra irmãos etc, produzem em nós lampejos de frustração
que tendem a provocar desejos negativos de desistência. Muitos desejamos
literalmente “chutar o balde” e largar prá lá pelo sentimento de impotência
diante de tanto mal instalado nas esferas públicas que arrasta de roldão, com a
imposição do sistema corrupto, a iniciativa privada que, para subsistir, carece
do poder público com suas leis e práticas.
Alguém
pergunta: até quando o povo vai ser chacoalhado e oficialmente extorquido pela
prática de uma economia que impõe juros e impostos dentre os maiores do mundo
com total ineficiência de gestão pública na contrapartida de tamanha
arrecadação? Poderia, ainda, alguém perguntar: pode ficar pior do que está?
Para a
segunda pergunta, temos a resposta: sim, pode ficar pior. Pode ficar pior se
perdermos a esperança; se não crermos no poder de Deus em transformar o caráter
das pessoas; se pararmos de orar pela conversão dos pecadores, se deixarmos de
testemunhar do que Jesus Cristo é capaz de fazer por uma pessoa, por uma
família e por toda uma nação, se a igreja de Cristo perder a convicção de que Deus
é o Senhor e mantém o controle de todo o mundo.
Sim, amados,
nossa esperança está em Deus, razão da nossa fé. Quanto mais nos decepcionarmos
com os homens de caráter denegrido, mais constataremos a veracidade da
declaração de Jesus de que “o mundo jaz no maligno”. Vamos em frente porque,
após um longo período de sequidão no deserto, Deus levantará homens e mulheres
que servirão aos brasileiros com dignidade e com honra. Creiamos nisso e oremos
por isso. O papel da igreja é exortar aos discípulos de Jesus a se manterem firmes
na razão de sua fé e pregar aos de fora o propósito de Deus para todos os
homens. Deus não está satisfeito com a iniquidade do homem. Contudo, não desiste
de ninguém e nós somos os instrumentos de pregação da mensagem de esperança e de salvação para
todos.
O DEUS DA NOSSA FÉ é o mesmo Deus de
Abrãao, de Isaque e de Jacó. O mesmo Deus da igreja primitiva até os nossos
dias. O nosso Deus é o Deus da nossa conversão que vivo está e peleja essa
batalha conosco.
Reflitamos, aprendamos e pratiquemos o que temos
aprendido com o Deus da nossa fé. Desistir nunca! Avançar sempre com o Deus da
nossa fé! Deus é conosco!
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