sexta-feira, 23 de setembro de 2011

FAMÍLIA SEM DEUS, ESCOLA (E SOCIEDADE) SEM RUMO!

     Como pretender o agir de Deus na Sociedade se o homem “faz de conta” que teme ao Senhor e “faz de conta” que anda em seus santos caminhos?


   Assustador: um menor (D.M.N.) de apenas 10 anos atirou, ontem, na professora Rosileide Queiros de Oliveira, e se matou em seguida, na Escola municipal Professora Alcina Dantas Feijão, em São Caetano do Sul.

   Qualquer que seja a linha de investigação o resultado final é o diagnóstico de uma tragédia que ceifou a vida de uma criança, feriu uma professora, gerou traumas inesquecíveis não só nas pessoas ligadas à escola e às famílias envolvidas, mas em toda a Sociedade Brasileira. A violência nas escolas, em quase todo o mundo, tem sido reincidente e cada vez com elementos mais surpreendentes que os anteriores.

    Caros leitores, meus irmãos, meus amigos, que mundo é esse? Façamos uma breve leitura sobre a ausência do agir de Deus no seio da Sociedade.

    A humanidade se esforça para se organizar, ser tolerante e menos bélica. A busca pela paz é uma meta constante dos organismos internacionais.  Os anseios pela liberdade de expressão do pensamento e da igualdade entre irmãos de raças e etnias diferentes ecoaram por todo o mundo, a partir dos nobres e corajosos resultados obtidos pela Revolução Francesa e pela Declaração de Independência dos Estados Unidos da América.

  O mundo vive uma efervescência política: de um lado, tiranos que agem com truculência e matam para se perpetuarem no poder como benfeitores de um povo escravizado. De outro lado, políticos se escondem numa falsa roupagem de democracia, valendo-se de inflamados discursos de liberdade e responsabilidade social, mas mentem para o povo e em sua ganância desmedida só fazem se locupletar às custas da boa fé e passividade de seus eleitores.

   A ambigüidade está exatamente aí. Fala-se em Deus, mas como uma realidade distante e não como o Ser Superior que tudo pode, tudo sabe e tudo conhece, e a quem todos prestaremos contas de nossas ações, ou para o bem  ou para o mal.

   Considerando-se que membros da família, diretores, professores de escolas (agregue-se a esses todos os demais grupos sociais) declaram, em sua maioria, acreditar em Deus, a reação natural é de perplexidade diante de condutas tão violentas. O choque é brutal e todos ficam inseguros e assustados. Como explicar tudo isso?
  Anne Graham, filha de Billy Graham, após o ataque terrorista perpetrado em 11/11/2001 contra as Torres Gêmeas e o Pentágono, escreveu tremendo artigo para a Sociedade Norte Americana a partir da pergunta “Onde estava Deus, que permitiu que isso acontecesse?
  Parafraseando Anne Graham, pergunta-se: por que Deus permite que a ruína se instale em grande escala no seio da família brasileira (e em quase todo o mundo, também)? Por que Deus não faz cessar a crescente e recorrente insegurança nas escolas, onde crianças, adolescentes e jovens se tornam vítimas de pessoas “desajustadas socialmente” e que se vingam dizimando pessoas inocentes e até desconhecidas?
   
   Essa situação só mudaria (mudará) se os “educadores e os demais reformadores” dos conceitos sociais concluíssem que já se passou do tempo (ainda há tempo antes que piore ainda mais)  do homem ter mais do que  uma idéia Deus. O homem precisa ter Deus como Senhor e norteador das normas de conduta ética que disciplina a vida em comunidade.  Poder-se-ia concluir, também, que o problema está mais para a ausência do comprometimento com a “Verdade de Deus”. Pais, filhos, políticos, executivos e julgadores, bem como as demais lideranças da Sociedade Organizada deveriam caminhar no temor de Deus e ter no Senhor a fonte da sabedoria para gerenciar o mundo antes que o descontrole leve ao pleno caos social.

  Ainda há tempo, desde que todos se sintam responsáveis em clamar pelas “misericórdias do Senhor que se renovam a cada manhã” e se empenhem na construção de um mundo melhor. Um mundo melhor que o da mentira televisiva das novelas que primam pela aventura da infidelidade. Um mundo melhor que o da satisfação da carne que afronta as Leis de Deus que condena o pecado em toda a sua natureza. Um mundo melhor que o do conformismo e o da pressão de minorias que alçam bandeiras de lutas que contrariam a decência, o respeito e a ordem natural de Deus para a família. Um mundo melhor, onde haja a convivência pacífica entre irmãos, com liberdade de escolhas, mas, também, com a liberdade para o repúdio das práticas pecaminosas. Um mundo melhor, onde a verdade de Deus não seja rotulada de intolerância religiosa, mas como uma mensagem de amor, de restauração, de perdão e de salvação.

    Enfim, que o homem assimile que não lhe basta ter idéia de Deus, mas que entenda sua necessidade de submeter-se ao seu agir, pois é  exatamente a ausência de Deus na vida e nas decisões do homem a causa de se ver minar a estrutura da família e, por via de conseqüência natural e direta, o aniquilamento da escola que não consegue  cumprir o papel de educadora (é utópico esperar educação pela escola que, quando muito, pode ser parceira da família), mas de mera transmissora de conhecimentos intelectuais (e ladeira abaixo).   


     Daí a afirmativa de que a Sociedade está sem rumo porque sem Deus estão o homem, a família e a escola.

     Deus é o único capaz de mover para melhor todas as coisas.


      
    AGINDO EU, QUEM IMPEDIRÁ? (Isaias 43.13)

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

INSEGURANÇA PÚBLICA - UMA GERAÇÃO PERDIDA?

   Muito se discute sobre a segurança pública no Brasil. A violência cresce a índices alarmantes. Vive-se uma gangorra. Quando cai a criminalidade, sazonalmente, em razão da “ocupação” pelo Estado, os “bandidos” acuados migram para outras regiões e ali procedem do mesmo modo. Trata-se de um ciclo vicioso sem fim, pois “resolve-se um problema aqui e cria-se outro ali” e a Sociedade, cada vez mais insegura, assiste aos que lhe devem segurança dizer que não dão conta porque o efetivo é pequeno e mais não conseguem fazer.
  
    No diagnóstico do problema, tem-se eleito vários culpados:

    a) A igreja católica - que não cede ao controle de natalidade e em razão disso, nas camadas mais pobres, adolescentes “procriam aos montões” sem as mínimas condições de subsistência e de educação para sua prole. Essas tenras mamães tampouco tiveram condições propícias na sua infância, pois cresceram à margem do necessário e suas crianças estão “fadadas ao aprisionamento da marginalidade”. Ora, o problema está mais para o incentivo ao sexo antes do casamento ( só se fala em preservativos) do que para a intransigência da igreja católica. Ora, as igrejas evangélicas no Brasil  não discutem o uso de preservativos porque ensinam que o sexo antes do casamento é ilícito quando confrontado pela Bíblia Sagrada. O mal precisa ser cortado pela raiz, a partir de uma conscientização do que seja melhor e mais saudável para a juventude. 

    b) O tráfico de drogas – o usuário precisa sustentar seu vício. Onde conseguir dinheiro quando se perde ou não se tem emprego, quando a família ou amigos dizem não para o sustento do vício? Somente nos furtos e roubos que começam pequenos e  aumentam até chegar, muitas vezes ao latrocínio(roubo seguido de morte). Discute-se as drogas ilícitas, mas e as lícitas (a iniciação para as ilícitas) que são consumidas, a princípio, socialmente, com incentivo do Estado que "só pensa" nos impostos arrecadados?

  c) Pode-se tentar eleger inúmeros outros “culpados” que  contribuem, generosamente, para que o caos já instalado seja de monta cada vez maior. Você pode, facilmente, eleger outros culpados.

   Afirmo que, independente dos “culpados” (somos todos nós),  enquanto a política de segurança pública se focar nos paliativos (respostas imediatas para o tempo presente) o caos da segurança  não terá estanque. Pelo contrário, só aumentará. Haja policiais nas ruas, trancas fortes nas portas e grades nas janelas das residências para resistir aos marginais de plantão que proliferam em todas as regiões do país! 


   É preciso buscar uma solução - a médio e longo prazo - que contemple toda uma geração. É necessário educar os “pais novos” de modo responsável para que estes eduquem seus filhos de modo diferente daquele que foram “educados”. É preciso uma política educacional que varra do Brasil (do Planeta) os corruptos, os ladrões e os políticos enganadores do povo. É preciso dizer para as crianças que estão nascendo agora que a mentira é diabólica e que vale a pena amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo, e que não se deve perder a esperança da vitória.

    Uma política responsável de segurança pública precisa começar pelas famílias. Isso é encarar de frente o problema. Todas elas (das comunidades carentes ao asfalto) precisam entender que a deseducação dos filhos tomou de roldão a última geração sem poupar ricos ou pobres. Há, também, muitos filhos de “ricos” perdidos nas drogas, com comportamento ao arrepio da moral e dos bons costumes. Há muitos filhos de ricos que freqüentam comunidades carentes e deixam o fruto no ventre de meninas adolescentes. Alguém ainda duvida que o problema seja de todas as camadas sociais e que, direta ou indiretamente, respinga sobre todos?

    A solução começa por pais ou responsáveis legais promovendo o estanque da permissividade que permeia na sociedade brasileira. Há um engodo da mídia televisiva e dos festejos populares de que tudo vale. O negócio é curtir o “culto ao corpo” e desfrutar da “viagem” do momento. Quanta ilusão! Quanto sofrimento que poderia ser evitado! o aviltamento dos bons costumes tem "afundado no brejo" toda uma geração.

   Se os adolescentes recebessem uma objetiva manifestação de amor dos pais e responsáveis - que ao liberarem seus filhos para o mundo, pensam estarem fazendo o melhor, mas não estão -, com o acompanhamento (monitoramento) de suas amizades, seus compromissos com hora e local. Se houvesse firmeza no dizer “sim” ou “não”, mesmo com as momentâneas reclamações que são de praxe, a juventude chegaria para esses adolescentes de modo mais ameno, e a maturidade lhes traria um futuro promissor para si e, por via de conseqüência, para a família e a Sociedade.
   
   Essa visão do problema da insegurança pública nos leva a repensar os princípios e valores  que movem a família e nos abre a luz do entendimento da necessidade de um recomeço, deixando para trás os erros de toda um geração. Um recomeço sim, de modo bem diferente para que a posteridade tenha do que se orgulhar e não do que se envergonhar. É preciso dar um basta nesse "infindável" ciclo vicioso e não permitir que gerações futuras se espelhem na educação da geração atual que está atolada, de fato, no brejo da ignomínia pela deformação dos valores que nutriam as gerações anteriores e fomentavam uma melhor e mais saudável estrutura familiar.

   Como seria bom se todos os pais ou responsáveis observassem o que ensina a Bíblia em Provérbios 22:6! “Instrui o menino no caminho em que deve andar; e até quando envelhecer não se desviará dele”.

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

PAI, VAI BUSCAR O SEU MOÇOI

Quando um pai, arrependido por atitudes equivocadas, reconhece a incapacidade de se relacionar com seu filho; quando o rompimento dessa relação se dá pela ausência do respeito mútuo e do diálogo; quando o sublime amor do pai não tem mais a correspondência da admiração e do reconhecimento de seu filho; quando toda uma criação parece ter sido em vão, resta a esse pai submeter-se ao agir de Deus para o resgate de seu filho, na dependência da encorajadora e infalível promessa que vale para todas e quaisquer situações registrada em Jeremias 33.3: "Clama a mim e responder-te-ei, anunciar-te-ei coisas grandes e firmes que não sabes". 

   Essa história real, contada a seguir, lamentavelmente, se repete em  muitas famílias (só muda de endereço). Filhos que provocam nos pais a dor e as lágrimas que parecem  não ter fim. O problema se torna tão grande a ponto de minar a essência do amor e a relação, outrora tão agradável, se torna imperfeita. Quantos sonhos destruídos! Quanta gente sem esperança! Quantos há que vêem desabar  seus castelos de ilusões por terem se equivocado na educação de seus filhos, enquanto  acreditavam estar acertando.

   Há poucos dias, em frente à sede da igreja onde tenho a honra de servir a Deus, Antonio (nome fictício) estacionou seu automóvel e me chamou: pastor!

   Respondi com um jovial: tudo bem? Não, disse-me ele, não está nada bem! Convidei para ir à sala pastoral onde pude ouvir sua história, aconselhá-lo e orar com ele.

   Antonio, tomado por indescritível tristeza, disse que seu filho Antonio Junior (nome fictício), com 19 anos de idade, “saiu de casa no dia anterior”, após discutirem.  Contou-me que era separado da esposa há uns 10 anos e que ficara com a guarda do filho. Pai e  filho vieram de longe para Cabo Frio, onde, há uns 05 anos, Antonio começara um novo relacionamento conjugal.

   Antonio não entendia o que havia acontecido, mas, enquanto conversávamos, foi “tirando suas conclusões”. Na tentativa de suprir a ausência materna, compensou Antonio Junior com excessiva liberdade.  Já aos 13 anos, este fazia o que queria quanto à escolha dos amigos e dos locais que freqüentava, além de desfrutar de total autonomia quanto aos horários para sair e chegar.

  Antonio chorava copiosamente quando concluiu: Pastor, eu errei. Dei excessiva liberdade para meu filho. Ele se envolveu com drogas (já até fez uma composição no Juizado Especial Criminal “pagando” serviço comunitário) e não quer mais estudar. "Montei um negócio" para ele, mas ele se desinteressou. Decepcionado com a “falta de responsabilidade e de respeito ” dele para comigo,  nada fiz para impedir sua saída de casa. Pior, ainda, pastor, foi eu ter dito que ele deveria ir embora mesmo. Não sei o que fazer!

  Orei com Antonio (por ele e por seu filho) e aconselhei: Antonio, peça a Deus sabedoria para fazer de modo certo e força para caminhar por essa nova estrada. Entregue sua vida a Deus para que a paz de Cristo esteja em seu coração. Hoje, ainda, vai buscar o seu moço, chore com ele e lhe diga que você o ama e que errou tentando acertar. Diga que você quer caminhar com ele e que ele pode contar com sua ajuda. Conquiste a amizade e a confiança de seu filho. Não permita que o “mundo” o aprisione ainda mais. Insista com seu moço e dele não desista para que ele não desista de você e de si mesmo. Você é o instrumento que Deus tem por excelência para resgatar o seu filho. Confie em Deus e não perca tempo.

    Minhas últimas palavras para o Antonio naquele dia foram:

                               Pai, vai buscar o seu moço! 


Pai, por onde ( e com quem anda)  anda o seu filho?