domingo, 17 de abril de 2011

Bullying Escolar, família e igreja

  
   Qualquer Sociedade que pretenda ser mais justa e desfrutar de paz social precisa estar sedimentada em um bom processo educacional. Assim tem sido à luz da história.

   No Brasil, há muito tempo se fala que educação é preparação para a vida ou um processo integral, onde o educando deve ser trabalhado como um todo, com os chamados elementos cognitivos a merecerem especial destaque.

   No entanto, o que temos visto por aqui, há algum tempo, é  a família alimentando a expectativa de que a escola eduque seus filhos. Mas, a dura realidade  é que a escola, que deveria ser instrumento eficaz de transmissão de conhecimentos e preparação para a vida, não tem conseguido dar conta do recado. O mestre, com remuneração pequena e sobrecarga de trabalho, não consegue, com raras exceções, cumprir o conteúdo de sua “aula bem preparada”, porque desperdiça bastante de seu tempo com o desgaste de ter que “acomodar” alguns de seus alunos que vão à escola com diversos propósitos menos o de aprendizagem.

    A escola, que deveria preparar para a vida, não consegue lapidar o “Brutus” que chega com problemas comportamentais que deveriam ser resolvidas pela família (que não dá conta) e não pela escola.

    A família, com honrosas exceções,  está “entregando os pontos” e cada vez mais dependente da escola na educação de seus filhos. É lamentável ouvir de pais que não conseguem dar conta de suas crianças e adolescentes. Pais que renunciam à educação de seus filhos e deixam o inimigo fazer ninhos sobre suas cabeças. Pais que agem como se não soubessem que a responsabilidade civil e criminal de seus filhos só começa aos 18 anos.    

    Para agravar o quadro vigente, o sistema educacional brasileiro, pelo que se noticia, está próximo de banir o ensino religioso da escola pública.  Em nome da pluralidade das confissões religiosas, a bandeira da vez é “não privilegiar determinadas denominações religiosas em detrimento de outras”.  A proposta, prestes a ser aplicada, é que profissionais da área social trabalhem conceitos de religiosidade na escola pública. 

    Ora, a solução para os descaminhos comportamentais  na educação brasileira deveria ser exatamente o oposto. Sabemos que isso é complicado num país em que o Estado é laico, mas, pelo rumo atual, em nome da socialização do indivíduo, a tendência é tirar Deus da escola, e o que não está indo bem, ficará, ainda, pior. Estão a ponto de dizer: Não queremos Deus na educação de nossos filhos. É preciso que a igreja alerte para o triste resultado: O vazio de Deus é sempre preenchido pelo "inimigo que veio para destruir e matar".

    A escola no Brasil, a nosso ver, deve desenvolver um processo educacional onde se concilie a idéia do viver com o compartilhar. A essência está no desenvolvimento da idéia de que viver para si é egocentrismo, pois aquele que vive só para si tem como meta a satisfação de seu próprio mundo sem atentar para as necessidades dos mais fracos e desassistidos. No viver para si, o problema se agrava quando esses fracos e desassistidos se tornam objeto de consumo dos egocêntricos que passam a humilhá-los por suas diferenças.  Por sua vez,  a essência do compartilhar está na percepção das diferenças e carências múltiplas, e na pratica da solidariedade a fim de que os excluídos das diferentes tribos que se formam na escola se tornem objeto do exercício prático do mandamento de Jesus para com o próximo: “Ama ao teu próximo como a ti mesmo”.

    Considerando que a escola não conseguirá, sem ajuda, resolver a "praga" do bullying que é  injustificável em todos os sentidos, torna-se urgente uma  reflexão de toda a Sociedade, a começar pela família que é o berço de todas as ações que se refletem nos diferentes grupos sociais. É preciso tratar com seriedade a questão comportamental, pois já está provado do que é capaz uma mente doentia que só vê na barbárie a resposta adequada para "dar o troco" pelas humilhações sofridas de "colegas" vazios do amor ao próximo.

    A proposta da educação brasileira deveria se fundamentar no mandamento do amor de Cristo e estabelecer como meta o seguinte selo de qualidade do amor ao próximo: nesta escola não se pratica bullying (este slogan bem que poderia se estender a todos os demais grupos sociais).  Em assim sendo, a escola conseguiria cumprir seu papel de instruir e de ser parceira no processo educacional.

    É o momento de “permitir” Deus por completo na escola e não de mandá-lO embora da educação de nossas crianças, adolescentes e jovens.

   Quanto à família, ressalvadas algumas exceções, precisa de um "choque de ordem" para rever seus conceitos e valores sobre passividade, permissividade e falta de controle para com seus adolescentes e suas crianças. Um bom começo é buscar Deus e unir-se à sua igreja.

   

terça-feira, 5 de abril de 2011

A IGREJA CRISTÃ E OS DESAFIOS ATUAIS DA SOCIEDADE BRASILEIRA

   Todos os dias, sem exceção, a imprensa tem noticiado forte apelo em favor das chamadas minorias, e homofobia tornou-se a palavra-chave para se instaurar, sumariamente, um tribunal de inquisição no Brasil. O problema mais se acentua, atualmente, não pela cor da  pele, mas em razão da opção sexual.
   Amados, os cristãos devem abolir de seu vocabulário a palavra homofobia (não é aplicável a nós), pois não é da natureza cristã (leia-se discípulo convertido e devidamente compromissado com Jesus) promover qualquer tipo de discriminação. O cristão deve repudiar, veementemente, qualquer agressão, seja verbal ou física, contra qualquer pessoa por sua opção de vida, inclusive a sexual.
   No entanto, é necessário distinguir a imensa distância que há entre o dever de respeitar a pessoa em sua opção e o direito de não aprovar suas práticas.
    Amar a todas as pessoas é dever sagrado de todos nós, mas isso não implica na obrigação de concordar e aceitar no seio da igreja suas práticas contrárias à Palavra de Deus. É dever de todo discípulo praticar o que o próprio Deus ensina: amar o pecador e repudiar o pecado de qualquer natureza porque o pecado do homem natural o torna inimigo de Deus (Rm 8.7).
   Ademais, a igreja não pode se omitir na pregação da Palavra de Deus a todos os homens, sem exceção. A Bíblia afirma em  Rm. 3.23 "que todos pecaram e destituidos estão da glória de Deus". Jesus disse: “... os sãos não necessitam de médico, mas, sim, os que estão doentes; eu não vim chamar os justos, mas, sim, os pecadores ao arrependimento." (Mc 2: 17). É preciso alertar todos os pecadores do risco previsto em Ap 21.27.
   A igreja deve combater toda prática de pecado e nisso se inclui a corrupção, a mentira, a promiscuidade, a homossexualidade e todos os outros desvios do padrão de conduta moral que Deus estabeleceu para o homem, em conformidade com  a Palavra de Deus.
    Aquele que não lê a Bíblia, nela não acredita ou dela só assimila o que lhe interessa não compreende essas coisas. Mas, a igreja não pode parar de pregar contra o pecado da homossexualidade porque não pode passar ao largo dos ensinos da Palavra de Deus: “Com homem não te deitará, como se fosse mulher; abominação é.” (Lv 18.22).
    É preciso compreender que os direitos das minorias são garantidos pela Constituição Federal, mas esses direitos cessam seu alcance quando atingem os direitos de outras minorias ou da maioria.
   A mobilização em favor dos direitos do gay no Brasil busca a tutela do Estado para sua proteção. É evidente que essa proteção é dever do Estado porque a ele compete a segurança de todos, inclusive das minorias, quaisquer que sejam,  contra qualquer tipo de discriminação.  No entanto, lamentavelmente, com o apoio do Governo Federal, e exercendo pressão no Congresso Nacional, o que se está fazendo não é só a defesa de uma minoria mas a apologia de sua doutrina quanto à opção sexual, o que contraria os princípios da Palavra de Deus.
   A bandeira de luta pelo direito da homessexualidade é obrigar a Sociedade não só a respeitar (é dever respeitar a opção sexual), mas, também, a aceitar e compartilhar de suas idéias (aí está um gravíssimo erro). Dentre os maiores absurdos dessa mobilização, na contra mão da educação das crianças, o MEC se propõe a ensinar aos alunos do ensino fundamental o entendimento de que a homossexualidade deve ser compreendida como parte integrante da  natureza humana. Só que Deus diz de modo diferente em Gn 1.27: “macho e fêmea Deus os criou”.
   Ora, cadê o respeito ao Direito Constitucional das minorias (ou maioria) que crê de modo diferente? Onde estão os Deputados Federais e Senadores da República que foram eleitos com os votos dos cristãos? Onde estão os manifestos das igrejas cristãs no Brasil?
   É necessário que a igreja se posicione de modo contundente, agora, antes que essa minoria transforme fatos sociais repetitivos em mudanças sociais (como no Brasil atual as coisas acontecem de modo diferente, tenta-se impor mudanças sociais por força de lei, ou seja, de fora para dentro). Cuidado! Há um ditado popular que diz que “água mole em pedra dura tanto bate até que fura”.
   Por que tanto medo? Por que os cristãos estão tão calados à exceção de uns poucos que se arriscam a serem condenados sumariamente por um tribunal de inquisição exatamente pela omissão de tantos que a tudo assistem de modo compassivo?
    Desperta, igreja, para bem cumprir sua missão! Com respeito às pessoas e suas opções, mas com a autoridade de quem foi ungido pelo poder do Espírito Santo (At. 1.8), a igreja cristã deve assumir sua responsabilidade junto à Sociedade alertando-a dos riscos a que se sujeita em apoiar e aceitar manifestações pecaminosas que só tendem a aumentar porque o homem natural tem-se aperfeiçoado em sua máquina de produzir pecados.
   A Sociedade deve ouvir da igreja que “se colhe o que se planta” (Ez 18.20-23; Lc 6.43-45).