Qualquer Sociedade que pretenda ser mais justa e desfrutar de paz social precisa estar sedimentada em um bom processo educacional. Assim tem sido à luz da história.
No Brasil, há muito tempo se fala que educação é preparação para a vida ou um processo integral, onde o educando deve ser trabalhado como um todo, com os chamados elementos cognitivos a merecerem especial destaque.
No entanto, o que temos visto por aqui, há algum tempo, é a família alimentando a expectativa de que a escola eduque seus filhos. Mas, a dura realidade é que a escola, que deveria ser instrumento eficaz de transmissão de conhecimentos e preparação para a vida, não tem conseguido dar conta do recado. O mestre, com remuneração pequena e sobrecarga de trabalho, não consegue, com raras exceções, cumprir o conteúdo de sua “aula bem preparada”, porque desperdiça bastante de seu tempo com o desgaste de ter que “acomodar” alguns de seus alunos que vão à escola com diversos propósitos menos o de aprendizagem.
A escola, que deveria preparar para a vida, não consegue lapidar o “Brutus” que chega com problemas comportamentais que deveriam ser resolvidas pela família (que não dá conta) e não pela escola.
A família, com honrosas exceções, está “entregando os pontos” e cada vez mais dependente da escola na educação de seus filhos. É lamentável ouvir de pais que não conseguem dar conta de suas crianças e adolescentes. Pais que renunciam à educação de seus filhos e deixam o inimigo fazer ninhos sobre suas cabeças. Pais que agem como se não soubessem que a responsabilidade civil e criminal de seus filhos só começa aos 18 anos.
Para agravar o quadro vigente, o sistema educacional brasileiro, pelo que se noticia, está próximo de banir o ensino religioso da escola pública. Em nome da pluralidade das confissões religiosas, a bandeira da vez é “não privilegiar determinadas denominações religiosas em detrimento de outras”. A proposta, prestes a ser aplicada, é que profissionais da área social trabalhem conceitos de religiosidade na escola pública.
Ora, a solução para os descaminhos comportamentais na educação brasileira deveria ser exatamente o oposto. Sabemos que isso é complicado num país em que o Estado é laico, mas, pelo rumo atual, em nome da socialização do indivíduo, a tendência é tirar Deus da escola, e o que não está indo bem, ficará, ainda, pior. Estão a ponto de dizer: Não queremos Deus na educação de nossos filhos. É preciso que a igreja alerte para o triste resultado: O vazio de Deus é sempre preenchido pelo "inimigo que veio para destruir e matar".
A escola no Brasil, a nosso ver, deve desenvolver um processo educacional onde se concilie a idéia do viver com o compartilhar. A essência está no desenvolvimento da idéia de que viver para si é egocentrismo, pois aquele que vive só para si tem como meta a satisfação de seu próprio mundo sem atentar para as necessidades dos mais fracos e desassistidos. No viver para si, o problema se agrava quando esses fracos e desassistidos se tornam objeto de consumo dos egocêntricos que passam a humilhá-los por suas diferenças. Por sua vez, a essência do compartilhar está na percepção das diferenças e carências múltiplas, e na pratica da solidariedade a fim de que os excluídos das diferentes tribos que se formam na escola se tornem objeto do exercício prático do mandamento de Jesus para com o próximo: “Ama ao teu próximo como a ti mesmo”.
Considerando que a escola não conseguirá, sem ajuda, resolver a "praga" do bullying que é injustificável em todos os sentidos, torna-se urgente uma reflexão de toda a Sociedade, a começar pela família que é o berço de todas as ações que se refletem nos diferentes grupos sociais. É preciso tratar com seriedade a questão comportamental, pois já está provado do que é capaz uma mente doentia que só vê na barbárie a resposta adequada para "dar o troco" pelas humilhações sofridas de "colegas" vazios do amor ao próximo.
A proposta da educação brasileira deveria se fundamentar no mandamento do amor de Cristo e estabelecer como meta o seguinte selo de qualidade do amor ao próximo: nesta escola não se pratica bullying (este slogan bem que poderia se estender a todos os demais grupos sociais). Em assim sendo, a escola conseguiria cumprir seu papel de instruir e de ser parceira no processo educacional.
É o momento de “permitir” Deus por completo na escola e não de mandá-lO embora da educação de nossas crianças, adolescentes e jovens.
Quanto à família, ressalvadas algumas exceções, precisa de um "choque de ordem" para rever seus conceitos e valores sobre passividade, permissividade e falta de controle para com seus adolescentes e suas crianças. Um bom começo é buscar Deus e unir-se à sua igreja.
Ótimo texto.
ResponderExcluirGostei muito: "selo de qualidade do amor ao próximo: nesta escola não se pratica bullying".
Belo texto, pastor. Nos faz refletir sobre a responsabilidade que temos também como educadores em nossas igrejas. Gostaria que o selo abrangesse também as nosssa famílias e as nossas igrejas. Infelizmente o bullyng nao propriedade so das escolas. É um mal que se alastrou em nossa sociedade em quase todos os níveis.
ResponderExcluirUm abraço.